28 dezembro 2005

O Sino da minha Aldeia


O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.


Fernando Antônio Nogueira Pessoa

Comments:
Os sinos tocam... e trazem-nos uma mistura de sentimentos, principalmente nesta época!
Que uma badalada te leve ao meu blog...
 
É giro ... Todos os sinos, das capela, igrejas que mais perto de nós estão, marcam de diversas maneiras a nossa vida.
Cada toque, cada momento, vivido por nós.

Interessante!!!

Abraços
 
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